quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Usos e Costumes

"O Gaúcho: Usos e Costumes"

1ª: O Chimarrão

Não é por acaso que a cuia tem a forma de um coração. Quando os gaúchos se reúnem ao pé de um fogo de chão parece que estão adorando a cuia do mate que passa de mão em mão. E isso vem de longe, desde o Guairá, onde os jesuítas encontraram a erva mate e o mate entre os índios guaranis. De lá para cá o mate ficou nos galpões, nos ranchos pobres, nas casas de estância, nas rondas de tropa, nos acampamentos guerreiros, no pouso dos carreteiros, na cidade e na colônia, nesta dando as primeiras boas vindas ao colono que chegava como irmão. Mate em cuia simples, mate de rico em cuia de prata e ouro, mate doce em cuia de porcelana. Pode-se dizer que corre nas artérias do Rio Grande de todas as etnias, uma seiva forte que explica a hospitalidade do gaúcho.
“Assim é o mate. Foi Deus
Quem inventou o chimarrão
E o índio, nessa ocasião,
Quando a saudade se expande
Tem o mapa do Rio Grande
Na Palma da própria mão....”

2ª: O Cavalo

O cavalo foi trazido para o sul da América pelo Adelantado espanhol Dom Pedro de Mendonza, quando da função da primeira Buenos Aires. Tomado pelos Índios em combate, espalhou-se pelo pampa perdendo suas características andaluzas originais e se tornando rústico e forte. É o cavalo crioulo, hoje famoso internacionalmente. A cavalo, gaúchos e “gauchos” fizeram pátria e desenharam fronteiras. Pode-se dizer que o próprio mapa do Rio Grande tem a forma de um casco de cavalo. E que guri campeiro não se exibiu no lombo de um petiço, sonhando o caudilho de amanhã?O cavalo puxou carroças e pipas, diligências e charretes. E se foi tantas vezes arma de guerra e de revolução, foi também instrumento de paz e de amor, quando o gaúcho levava na garupa a mulher amada.

3ª: A Faca

A faca é um instrumento de trabalho e de luta, talher e arma. Existe em todos os povos. A nossa faca campeira é flamenga, veio do país de Flandres, com posição garantida na cintura do gaúcho, mas na parte de trás, ao contrário de todos os povos que usam facas. A Faca carneou e cortou churrasco. E quantas vezes, atada com tentos na ponta de uma taquara, não virou lança de guerra, rabiscando a história do Rio Grande nas páginas verdes das coxilhas? Facas, facões, adagas, espadas e lanças, as armas brancas que se tingiam de rubro nos entreveros.

4ª: A Literatura Gaúcha

A literatura gaúcha existe em prosa e verso e é oral ou escrita. A literatura oral em prosa é a dos mitos e lendas, dos causos e dos ditados campeiros. A literatura oral em verso é a das trovas e das quadrinhas tradicionais. Já a literatura escrita em verso é a poesia da cidade feita para o gaúcho, tendo seus usos e costumes como tema. Desde o soneto monarca, de Caldre e Fião, na metade do século XIX. Essa poesia é um manancial inesgotável, de portas como Taveira Junior, Ramiro Barcelos, Vargas Neto, Aureliano de Figueiredo Pinto, Glaucus Saraiva, Jaime Caetano Braum e tantos outros que estão aí na boca dos declamadores.Já a literatura escrita em prosa começa também com Caldre e Fião na metade do século XIX, passa por João Simões Lopes Neto, Darci Azambuja para culminar com Érico Veríssimo, gaúcho de Cruz Alta e glória nacional.

5ª: Culto Ao Rio Grande

O Estado do Rio Grande do Sul tem três símbolos estabelecidos em lei: o Brasão e Armas, o Hino Rio Grandense e a Bandeira Estadual. Os três fazem referência ao Decênio e Heróico e a República que os farrapos proclamaram e que resistiu durante nove anos. O Painel que deu origem ao Brasão de Armas seria uma alegoria desenhada pelo padre Hildebrando e aperfeiçoada pelo major Bernardo Pires, que era maçom e usou os símbolos da maçonaria. Hoje esse Brasão é o centro da Bandeira Gaúcha. O Hino Rio Grandense tem música de autoria do maestro fluminense Joaquim José de Mendanha e teve três letras. A letra que hoje cantamos, a que oficializada já no século XX é a letra de Francisco Pinto da Fontoura, O chiquinho da vovó. A Bandeira Rio Grandense que os farrapos desfraldaram era quadrada, com o verde e amarelo do Brasil separados pelo vermelho da revolução. Não tinha o escudo que hoje ostenta. Não há solenidade no Rio Grande do Sul sem os três símbolos Estaduais que antes de estarem nos palanques estão no coração de todos nós.

6ª: Jogos Tradicionais

A lúdica campeira é muito variada e mais intensa nos fins de semana, quando a peonada esta de folga nos trabalhos de campo. No bolicho é comum o jogo de truco, ou a primeira, ou o solo, ou o golfo. Muitas vezes o bolicho tem mesa de bilhar. A cancha de bocha tem regras meramente costumeiras, folclóricas, diferentes das rígidas leis das federações de bocha. A rinha de galo é comum apesar das proibições legais. Mas o forte mesmo é a Carreira de Cancha Reta. A mais simples envolve apenas dois parelheiros. As pencas antigamente tinham três parelheiros e as califórnias quatro, cinco e até mais parelheiros. A cancha das carreiras se media em quadras de 132 metros e as carreiras mais comuns se corriam em três quadras. Havia um juiz que dava a largada e no fim do laço ou do tiro, que era a distância assinalada, havia um julgador ou dois, gente de muito respeito e acatamento. O comércio era grande e barulhento nas carpas, onde se vendia bebida resfriadas as garrafas de cerveja em grandes buracos tapados com sal grosso e vendia-se galinha assada e pastéis em profusão. O jogo era na confiança, na palavra no mais. E quando a carreira começava havia um grito em uníssono da multidão que galvanizava a todos: já se vieram!!!

Provérbios gaúchos

http://www.sougaucho.com.br/gaucho/frases.htm

Trajes típicos

Trajes típicos

http://www.pampasonline.com.br/tradicao/tradicao_indumentariagaucha.htm

Dicionário de "gauchês"

http://fotorc.multiply.com/journal/item/5

http://www.ctgfronteiradaquerencia.com.br/curiosidades.htm

Artesanato

Carol e Ju,
Como conversamos ontem, acho que o trabalho de vime utilizando o jornal, ficaria muito legal pra vocês. Seguem algumas informações.
Os trançados de vime, palha, taquara, bambu e raízes de imbé são encontrados nos municípios de São Francisco, Araquari, Guaramirim e São José. Assim como em outras cidades litorâneas. Balaios, bolsas e leques em trançado de taquara: o artesão catarinense une as funções decorativa e utilitária em inúmeros objetos.


Dança do Balaio

Como combinamos ontem, seguem os links da dança do balaio no youtube e a letra da música:

Dança do Balaio

Balaio, meu bem, balaio sinhá
Balaio do coração,
Moça que não tem balaio, sinhá
Bota a costura no chão. (2 x)

Eu queria ser balaio
Balaio eu queria ser
Para andar dependurado
na cintura de você.

Balaio, meu bem, balaio sinhá
Balaio do coração,
Moça que não tem balaio, sinhá
Bota a costura no chão. (2 x)

Eu queria ser balaio
Na colheita da mandioca
Para andar dependurado
na cintura da chinoca.

Balaio, meu bem, balaio sinhá
Balaio do coração,
Moça que não tem balaio, sinhá
Bota a costura no chão. (2 x)

Eu queria ser balaio
Na colheita do algodão
Balaio saiu pequeno
Não quero balaio não.

Balaio, meu bem, balaio sinhá
Balaio do coração,
Moça que não tem balaio, sinhá
Bota a costura no chão. (2 x)

http://br.youtube.com/watch?v=7dGg_ijhpzk

http://br.youtube.com/watch?v=riFkApt5L3c

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Festa Folclórica

Olá, queridos
Voltamos agora com gás total para a festa do Folclore. Gostaria que publicassem os nomes dos sites ou links de sites interessantes que possam compartilhar com os colegas da turma. Caprichem nas idéias para segunda-feira, vamos arrasar! ;o)

Qualquer dúvida, é só postar.

Beijos
Tati